Capa » Instituto » Obesidade pode contribuir para o aparecimento do câncer de mama

Obesidade pode contribuir para o aparecimento do câncer de mama

Reposição hormonal e anticoncepcional devem ser usados com orientação do especialista

#outubrorosa

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2021, estimam-se 66.280 casos novos de câncer de mama, o que equivale a uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100.000 mulheres. A incidência do câncer de mama tende a crescer progressivamente a partir dos 40 anos. O sintoma mais comum é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de consistência mais macia, globosos e bem definidos. Por isso é fundamental que a mulher realize todos os exames de rotina e fique atenta a qualquer sinal: 95% dos casos diagnosticados no início têm possibilidade de cura.

O câncer de mama, além da oncologia, também está ligado à endocrinologia, isso porque muitas comorbidades como diabetes e obesidade podem contribuir para o aparecimento da doença. A obesidade pode ser considerada uma das causas do câncer de mama porque um dos principais hormônios produzidos pelo tecido adiposo é o estrógeno, que está intimamente ligado a alguns tipos de câncer de mama. Durante a vida fértil, o hormônio tem sua produção pelos ovários. Já na menopausa, há uma queda nos níveis do estrógeno, que param de ser produzidos nos órgãos sexuais femininos.

A endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato explica que quando a mulher está acima do peso na menopausa, o tecido adiposo se encarrega de produzir o estrógeno, que, em excesso, pode provocar a multiplicação celular do tecido mamário, causando o câncer. “Por esse motivo, estima-se que as mulheres obesas têm mais chances de desenvolver o câncer de mama, principalmente no período logo após a menopausa, quando comparadas com as que se encontram com o peso ideal”, esclarece a especialista.

Vale lembrar que o câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, como idade, fatores endócrinos, comportamentais, ambientais, fatores genéticos e hereditários.

Reposição Hormonal – De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a terapia de reposição hormonal (TRH), principalmente a terapia combinada de estrogênio e progesterona, aumenta o risco do câncer de mama e deve ser realizada sempre com a supervisão de um médico. Ainda segundo o Instituto, o aumento de risco de desenvolver a doença diminui progressivamente após a suspensão do tratamento.

“Atualmente, a TRH é contraindicada nas mulheres que já tiveram câncer de mama. Os riscos do uso de hormônios bioidênticos (substâncias hormonais que possuem a mesma estrutura química e molecular encontrada nos hormônios produzidos no corpo humano) permanecem incertos. Nas mulheres sem fatores de risco associados, a terapia hormonal pode ser feita com tranquilidade, se a mulher mantiver o seguimento médico de perto, realizando os exames de rotina necessários”, explica Dra. Lorena.

Anticoncepcional – Recentemente, um estudo publicado no New England Jornal of Medicine, uma das mais conhecidas publicações científicas do mundo, revelou que o risco de câncer de mama é maior para as usuárias de anticoncepcionais em relação àquelas que nunca recorreram ao medicamento. Os pesquisadores revelaram que o uso do anticoncepcional produziu um caso extra de câncer de mama para cada 7.690 mulheres por ano, considerando que cerca de 140 milhões usam o anticoncepcional em todo o mundo.

“No entanto, não há necessidade de as mulheres interromperem o uso do anticoncepcional que já utilizam. O ideal é que cada paciente avalie ou discuta com seu médico sobre os riscos e os benefícios da pílula, que além de ter alta eficácia contra a gravidez, também pode regular o ciclo menstrual, diminuir cólicas e TPM e melhorar a pele”, comenta a médica.

Diagnóstico Precoce – O rastreamento por meio da mamografia diminui a mortalidade em cerca de 20% nas pacientes entre 50 e 69 anos, de acordo com dados do INCA. Quanto maior for o percentual de mulheres na faixa de 50 a 69 anos que realizam a mamografia de rastreamento a cada dois anos, maior será a chance de detectar a doença na fase inicial, diminuindo a taxa de mortalidade.

A qualidade da mamografia é indispensável para a detecção precoce do câncer de mama. Hoje em dia, a qualidade dos aparelhos (mamógrafos) garante imagens radiográficas de alto padrão com doses mínimas de radiação. O rastreamento contribui para reduzir a mortalidade por câncer de mama, mas também traz riscos.

 Prevenção – Conhecer os fatores de risco é a chave para a prevenção do câncer mamário, que pode ser feita de duas maneiras: a prevenção primária, isto é, reduzir ou evitar o risco não se expondo a determinados agentes, e a prevenção secundária, através de exames dirigidos, como é o caso da mamografia e do Papanicolau nas mulheres.

Os principais fatores de risco para câncer, conforme explica Dra. Lorena, são exposição solar repetida e sem proteção, dieta inadequada (excesso de gorduras, carnes, embutidos, alimentos ultraprocessados), consumo de tabaco e de bebidas alcoólicas em excesso, sedentarismo, e algumas infecções (HPV e hepatite, por exemplo).

“Ter um estilo de vida saudável ajuda, e muito, a prevenir o câncer de mama e outros tipos de câncer. Como eu sempre comento e repito para minhas pacientes: uma alimentação rica em vegetais como frutas, legumes, verduras, cereais integrais, leguminosas, tirando os alimentos industrializados do cardápio, ajuda a diminuir consideravelmente os riscos de ter a doença”, conta a especialista.

Sobre a Dra. Lorena Lima Amato – A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM) e endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria. É doutora pela USP e professora na Universidade Nove de Julho.

Serviço:

https://endocrino.pro/

www.amato.com.br

Instagram: https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/

 

Gengibre Comunicação

Sua saúde física e mental,  medicamentos, farmácias e drogarias estão no Portal Remédios com atualizações diárias a qualquer momento.

As informações veiculadas neste Portal de Notícias  têm caráter apenas informativo e não podem substituir, em qualquer hipótese, as recomendações do médico ou farmacêutico nem servir de subsídio para efetuar um diagnóstico médico ou estimular a automedicação. O médico é o único profissional competente para prescrever o melhor tratamento para o seu paciente. Não se automedique, consulte sempre um Médico ou Farmacêutico em suas respectivas áreas de responsabilidade.

As informações veiculadas neste Portal de Notícias são de responsabilidade exclusiva das fontes citadas para todos os fins legais, sejam Assessorias de Imprensa, Marketing, Profissionais ou não, ou quaisquer outras, e não caracterizando em nenhum momento opinião, recomendação, aval ou informação de responsabilidade dos realizadores deste Portal de Notícias.

Sobre admin

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Required fields are marked *

*

Receba nossa newsletter e fique por dentro das novidades do mercado Clique aqui