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Diabetes: médico da ADIABC dá dicas para pessoa com diabetes viajar em segurança

Check-list de itens na mala deve prever casos inesperados de hipoglicemia

Estão chegando as férias, sinônimo de alegria e descontração, porém, alguns cuidados são ainda mais necessários para a pessoa com diabetes. É o que alerta o Dr. João Sergio Almeida Neto, endocrinologista e um dos fundadores da Associação de Diabetes do ABC (ADIABC), organização não governamental que há 23 anos presta suporte à população mais carente do ABC paulista.

Abaixo, ele lista os principais itens que devem fazer parte do ckeck-list de viagens para a pessoa com diabetes.

O que não deve faltar na mala: Procure levar consigo os materiais necessários, e não deixar para adquiri-los no local de destino. Sempre levar uma quantidade maior caso ocorra algum imprevisto que o impeça de retornar na data prevista. Entre esses insumos, estão:

– Medicamentos, insulinas, seringas e agulhas;

– Glicosímetro, fitas reativas, lancetas, bateria sobressalente;

– Álcool e algodão ou álcool em sachê;

– Açúcar comum, alimentos de fácil transporte (biscoitos, frutas secas, balas), balas com glicose líquida para rápida absorção, 1 ou 2 frascos de Glucagen (para administração subcutânea caso necessário);

– Levar todo este material descrito sempre à mão (preferencialmente em bolsa térmica) frasqueira ou mesmo em recipiente de isopor;

– Não despachar em malas, pela possibilidade de extravio, ou indisponibilidade caso necessite de algum material com urgência;

– Bloqueador solar potente para evitar queimaduras solares;

– Sapatos confortáveis e já em uso. Sapatos novos poderão causar danos aos pés, que no caso da pessoa com diabetes ficam mais sujeitos a infecções por falta da sensibilidade;

– Em casos de viagens internacionais levar receita médica contendo todos os medicamentos em uso, além de um pequeno relatório do seu estado de saúde.

O Dr. João Sergio reforça que, caso a pessoa fique muitas horas no carro, ônibus ou avião, por exemplo, é preciso ter sempre a mão algum alimento com quantidade suficiente de carboidrato, como balas ou biscoitos. Ele explica também que as altas temperaturas do Verão podem gerar desconforto, por isso, a recomendação é evitar exposição ao sol por períodos prolongados, principalmente entre 10 e 16horas. É essencial usar bloqueador solar potente e ingerir líquidos com abundância (água ou chás)

“Qualquer atividade física é bem-vinda. Caminhadas são bem indicadas pelo fato de aumentar o consumo de glicose pelos músculos e aí ajudar no controle da glicemia. Observar sempre a ocorrência de hipoglicemia, e para tanto levar sempre consigo algum alimento que disponibilize carboidrato de absorção rápida (balas, refrigerante não diet, suco de frutas etc.)”, comenta o endocrinologista.

Sobre a alimentação, ideal é manter os hábitos do dia a dia, evitando excesso de calorias (principalmente de carboidratos) ou de bebidas alcoólicas, mantendo os horários habituais da rotina diária e sem atrasos das refeições, pela possibilidade da ocorrência de hipoglicemia.

Para os acompanhantes de uma pessoa que tem diabetes, o médico deixa um recado final: “Os acompanhantes devem estar preparados para o reconhecimento do quadro de uma hipoglicemia, cujos sinais são: perda de consciência, sudorese intensa, palidez cutânea e, por isso, devem agir o mais rápido possível para o tratamento, evitando administrar qualquer alimento por via oral, pelo perigo de aspiração para os pulmões. Sempre indico uso do Glucagen, que é facilmente administrado por via subcutânea, e assim, quando houver melhora do nível de consciência, administrar líquidos açucarados via oral”.

Sobre

A ADIABC – Associação de Diabetes do ABC, foi fundada em 18/10/1998, para estender os conhecimentos e informações sobre o diabetes além do horizonte do consultório médico. Sua criação se deu também como expansão da Casa do Diabético, entidade fundada pelo Lions Clube de Santo André – Campestre nos anos 80. Palestras, reuniões semanais, aulas de ioga, culinária, caminhadas, educação física e a conscientização de crianças e adolescentes são os trabalhos desenvolvidos pelos médicos e os cerca de 150 voluntários da Organização Não Governamental. A ONG opera 100% mediante doações e ação de voluntariado para, além de fomentar a educação sobre o diabetes, distribuir insumos necessários aos cuidados da doença para a população mais carente do ABCD Paulista.

Fonte:

Gengibre Comunicação

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